No último dia três de novembro, ocorreu um acidente em uma das fábricas do grupo JBS/Friboi, da cidade de Passos, no estado de Minas Gerais.
Apesar de não dizerem ao certo o número de pessoas que foram socorridos, a imprensa venal da burguesia, disse que, a princípio duas pessoas tiveram que ser socorridos e uma, inclusive, em estado grave.
Eles foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAM) e atendidos na Santa Casa da cidade de Passos.
Como sempre fazem, a direção do frigorífico disse que o vazamento já foi controlado, bem como, os protocolos de segurança já foram realizados pela empresa. Uma ladainha rotineira, para ocultar a falta de manutenção, principalmente em uma área em que o risco é algo de ocorrência é algo dado como certo.
Uma situação que a empresa procura ocultar, nesse caso, e quanto aos demais trabalhadores, se foram desocupadas as instalações, quanto tempo demorou para relatar a situação, minimamente, em condições de funcionamento novamente, além das sequelas devido aos efeitos danosos que causam um vazamento do gás amônia.
Os frigoríficos do grupo JBS são, dos principais a serem notícias das péssimas condições de trabalho, não que os demais grupos industriais do setor, não tenham ocorrências de casos idênticos, simplesmente são mais dissimulados, bem como, escondem de todas as formas as inúmeras irregularidades. Um exemplo é o caso do frigorífico do grupo BRF-Brasil Foods, do município de Uberlândia, do mesmo estado de Minas Gerais, onde o vazamento de amônia só foi denunciado pelos vizinhos que começaram a sentir um cheiro estranho e, alguns até sentiram náuseas e tiveram que ser socorridos. A direção do frigorífico escondeu o vazamento do Corpo de Bombeiros, quando estes deveriam ser os primeiros a serem avisados.
A situação se agrava com a pandemia
Os frigoríficos sempre foram um dos principais setores quanto às péssimas condições de trabalho. Vários estados os têm em primeiro lugar em acidentes e doenças, no entanto essa situação se agravou com a pandemia do Covid-19, que fez com que os números tivessem um crescimento exponencialmente, tanto assim que, pode-se considerar, sem qualquer erro, desse setor ser, não só no setor industrial, mas de todos os setores, inclusive comercial e serviços, o maior causador de acidentes e doenças do país, nesse ano.
Os patrões, no entanto, diante dessa situação catastrófica continuam atuando como se eles não fossem os responsáveis diante de tamanha hecatombe, quando na verdade, para eles os acidentes, como os vazamentos de amônia, por exemplo e, no caso da pandemia, os números de astronômicos de mais de 200 mil, e milhares de mortos, não tem nenhuma importância, mas o lucro é a única coisa que importa.
Os trabalhadores, no entanto, como esses operários que tiveram de ser socorridos, bem como as centenas de operários contaminados devem ser acolhidos diante do brutal ataque imposto pelos patrões genocidas e, diante da catástrofe anunciada, os demais que tiveram a felicidade não estarem, ainda, nessa situação devem se mobilizar para preservar a vida de todos os trabalhadores, os que sofreram e os demais. E isso deve acontecer através de uma greve nacional.

 

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