O número de trabalhadores do setor da alimentação diagnosticados com covid-19 tem aumentado diariamente no país. O ambiente fechado e úmido colabora com a propagação do vírus dentro dos frigoríficos, que passa a ser um local bastante propício para o aumento de casos.
 
A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA), junto com a Confederação dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação (CONTAC) e com a Regional Latinoamericana de la (UITA) promovem a campanha "A carne mais barata do frigorífico é a do trabalhador". A frase que conduz a campanha remete à desvalia do trabalhador praticada pelos frigoríficos no Brasil. Uma denúncia que revela a falta de cuidado com a saúde dos trabalhadores, a resistência das grandes empresas em adotar medidas de proteção à covid-19, enquanto aumentam consideravelmente seus lucros durante a pandemia. Investem em testagem de carcaças e embalagens, promovem doações de ambulâncias e respiradores, ao mesmo tempo em que assistem passivamente o adoecimento de trabalhadores e suas famílias.

O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação de Arapongas, Rolândia e Região (STIAAR), inaugurou esta campanha na região na última semana, com uma manifestação (respeitando as normas da OMS) em frente à JBS de Rolândia. Em apenas uma semana, dois funcionários do frigorífico morreram em decorrência de complicações com o novo coronavírus.
Hoje (2), o protesto foi em frente a Frango Granjeiro.