Como resposta à chamada Reforma Trabalhista (Lei 13.467/17), que entra em vigor no sábado (11), as centrais sindicais convocam o movimento sindical para o “Dia Nacional de Mobilização em Defesa dos Direitos”, que vai ser realizado, nesta sexta-feira (10) em todo o país. O objetivo é paralisar as principais vias de todas as capitais para chamar a atenção da população sobre as mudanças nas leis trabalhistas trazidas pela reforma.

 

Em São Paulo, as centrais irão organizar a “Grande Marcha da Classe Trabalhadora em Defesa dos Direitos, da Soberania e da Democracia”. A concentração começa às 9h, na Praça da Sé, região central da capital paulista, e são esperadas 40 mil pessoas no local.

Para sindicalistas, a nova lei do trabalho, que modificou mais de cem artigos da CLT, retira a proteção da classe trabalhadora e abre caminho para a terceirização de todos os setores, dando instabilidade. “Temos que fazer uma resistência. Se conseguirmos esse enfrentamento na primeira empresa, as demais vão repensar a adoção das novas regras da Reforma Trabalhista. Mas se aceitarmos a reforma sem nenhum questionamento, ela será colocada da forma como foi aprovada”, alertou Artur Bueno, coordenador do Fórum Sindical de Trabalhadores (FST).

Além das manifestações, as entidades, representadas pelo FST, entregarão documento nesta quarta-feira (8), às 15h30, ao presidente do Senado, Eunício Oliveiro (PMDB-CE), que expressa repúdio às declarações do presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Ives Gandra, que disse que a redução de direitos irá gerar mais empregos no País.

Servidores públicos
As entidades dos servidores públicos de todo o Brasil também farão manifestações contra o desmonte do Estado brasileiro. São privatizações e venda do patrimônio público nacional que tornará, no futuro, o Brasil uma neocolônia.

As ações do governo vão desde edição de norma (MP 792/17: PDV) para incentivar a demissão de servidores, passando pelo congelamento de salário e aumento da alíquota da contribuição previdenciária (MP 805/17), até “desinvestimento” para privatizar empresas de economia mista (Decreto 9.188/17). E, ainda, portaria que desmantela o Estado, em benefício do mercado, como a que determinou o fim da fiscalização ao trabalho escravo. Um verdadeiro desmantelamento do Estado brasileiro para beneficiar interesses mercadológicos!