No começo da semana, o Ministério Público do Trabalho (MPT), junto com outros órgãos governamentais, realizou uma investigação no frigorífico Jaguafrangos, em Jaguapitã. A fiscalização revelou que a empresa vinha subnotificando afastamentos e condições de trabalho.
Uma força-tarefa da operação Risco Oculto constatou que alguns setores tinham ruídos acima do limite de até 85 decibéis. Segundo o portal G1, na terça-feira (2), o setor de refrigeração por amônia foi interditado por risco grave aos trabalhadores.
A empresa, que emprega cerca de três mil trabalhadores, também é investigada por omitir acidentes de trabalho. O MPT identificou 700 afastamentos, 660 a mais do que a empresa havia relatado. Durante a vistoria, foram detectados problemas de ergonomia, que podem causar lesões.
De acordo com o MPT, o Jaguafrangos acumula 2925 ações trabalhistas desde 2021, 430 ações somente em 2025. Em nota ao G1, o Grupo BTZ apenas reforçou que está à disposição das autoridades e que tem compromisso com um ambiente de trabalho adequado.